Tradições gastronômicas de Maceió

Maceió, cidade abençoada por Nossa Senhora dos Prazeres, tem muitas delícias gastronômicas a oferecer. O mar sempre está para peixe, camarões, mariscos, lulas, polvos, lagostas e lagostins. Das lagoas tem sururu, maçunim, carapeba e da terra temos inhame, macaxeira, batata doce, abóbora, fruta-pão. O próprio coco é uma das estrelas da cozinha de Maceió: do mais simples boteco até o restaurante estrelado, a iguaria acrescenta mais tempero às peixadas, aos camarões e ao sururu. As ostras chegam da Barra de São Miguel e o açaí de Boca da Mata. Navegue pelos sabores e criatividade dos chefs alagoanos, brasileiros e estrangeiros que escolheram Maceió para empreender e viver.

Coco Verde

Viajar para Maceió não tem contraindicação e a melhor dica de saúde é caminhar pela orla e beber água de coco bem gelada. Depois, o próprio vendedor da fruta fabrica a colher da casca para o visitante ou alagoano saborear a polpa suculenta da fruta, sempre doce. Coco nunca falta na bela orla urbana.

Vila franca, o rei

Camarão: esse é o manjar dos deuses dos mares. O vila franca ou branquinho é o mais saboroso. Apenas no sal e limão ele é um aperitivo dos mais apreciados, mas ganha várias versões, como a famosa camarãozada no leite de coco e pirão até o ceviche, iguaria peruana encontrada em vários restaurantes de Maceió.

Ostras

No povoado da Palateia, na Barra de São Miguel, mais de 100 famílias sobrevivem do cultivo e pesca de ostras, sururu e maçunim. O melhor de tudo é que essa rotina virou atração turística e você pode vivenciar o dia a dia de labuta. Por semana, mais de 8 mil ostras são vendidas. Boa parte dessa produção vai para os restaurantes de Maceió. O passeio por lá inclui degustação! Imperdível.

Agulhinhas do mar

Agulhinha (branca ou preta) é um peixinho fino e com arpão na cabeça que lembra uma agulha. Ele é bem popular nos bares e restaurantes, servido como petisco. O peixe é aberto ao meio e limpo, passado na farinha misturada ao sal e frito no óleo bem quente. A textura fica supercrocante e a espinha desmancha no céu da boca.

Nobre

Carapeba é o peixe nobre de Alagoas, muito apreciado em Maceió. De escamas prateadas, carne branquinha, não precisa muito para ficar saboroso, apenas sal e azeite. Ele é prato nobre dos maceioenses. O pescado é do mar e da lagoa, portanto, mais saboroso porque é da água salobra, quando águas doces e salgadas se encontram.

Beiju

Para os índios, os beijus eram como o ‘pão nosso de cada dia’. E essa tradição persiste até os dias de hoje, com as variações de goma ou de massa puba. Para fazer o pão dos índios, a goma é deitada em cima do forno e, com as mãos, faz-se um círculo, acrescentando em seguida o coco ralado. Quando a massa fica sequinha, vira-se o lado e já está pronta para comer. Já para a de massa puba, a receita é a mesma, mas com as quantidades dobradas.

Filhoses

Segundo as famílias tradicionais, só podiam ser saboreados nas festas de Momo – nem antes e nem depois. Mas é muito difícil seguir essa tradição, porque o doce é tão bom que fica impossível comer apenas um, e de forma tão regrada em determinada época. Para fazer o doce, é necessário farinha de trigo, água, sal, ovos, manteiga. O arremate final é abrir o doce ao meio para envolver com calda de açúcar. A iguaria tem origem portuguesa.

Brasileira e Pé de Moleque

Brasileira é o nome de um doce preparado com farinha de trigo, manteiga e coco ralado, muito popular também nas padarias e supermercados alagoanos. Já o pé de moleque é tradicionalmente assado no forno e envolto em folhas de bananeira, para que seu sabor característico seja bem apurado, assim como garantir o seu aspecto firme e esbranquiçado. A massa tem como base a massa puba, coco ralado, manteiga, sal e açúcar.

Quebra-queixo

O doce é preparado com coco ralado e açúcar. Tradicionalmente são adicionados pedaços de coco ou amendoim e o segredo é o ponto do doce, que precisa ficar puxando. A iguaria, depois de pronta, é colocada em tabuleiros e os vendedores saem gritando pelas ruas: “olha o quebra-queixo”. É vendido em fatias nos bares e restaurantes dos litorais sul e norte e também nas cidades do interior de Alagoas.

Fruta gelada

Pitanga de cor vermelha e sabor azedinho, é uma das frutas alagoanas transformadas em deliciosos sorvetes. Mas quem já provou o picolé de jaca sente o sabor igual ao da fruta, doce e de cor amarela. É impossível saborear apenas um dos gelados. Qual seu sabor predileto: milho verde, coco, mangaba, graviola, cajá, manga, umbu?

Caldinhos

Em Maceió caldinho de sururu no leite de coco é o rei. Mas tem o de camarão, de feijão, de jerimum com frango desfiado, milho e cheiro verdemacaxeira com charque desfiado… E alguns acompanhados com ovos de codorna para dá mais sustança!

Caipirinhas coloridas

Cachaça, limão, gelo e açúcar  ou a caipifruta (mistura de cachaça com frutas). Essas receitas conquistam os corações dos alagoanos e turistas que visitam Maceió. E a nossa cachaça é a estrela principal na fórmula da caipirinha. Mas a moda na capital alagoana é adicionar ervas, mais de uma fruta e até sorvete deixando a bebida com as cores do verão.